sábado, 7 de março de 2015

Dying Of The Light (2014)



Ufa: uma leve folga na onda de filmes horríveis com Nicolas Cage. Mas nem se animem, pois DYING OF THE LIGHT também não é lá essas coisas. Trata-se de um thriller sobre um agente da CIA (Cage), com um grande trauma da carreira ao ter sido sequestrado por um terrorista árabe e ter sido torturado. Na ocasião, o agente foi resgatado e o terrorista escapou, resultando em anos de investigação por parte de Cage, até acharem uma pista bastante concreta do paradeiro do vilão.

Entretanto, o americano acaba afastado da agência após o diagnóstico de demência (um detalhe: imagine o quão conveniente é para Nic Cage interpretar um personagem com uma degeneração neurológica, dando abertura para aqueles excessos artísticos que ele costuma cometer – para nossa diversão!). E, após o afastamento, o agente resolve ir atrás do terrorista, com a ajuda de um pupilo mais novo (Anton Yelchin) para se vingar pela tortura sofrida no passado.

É um filme bem esquemático e sem nenhuma novidade, mas há algo que me atrai nestes “thrillers”, com cara de sessão do SUPERCINE. Porém, se você olhar a qualidade dos nomes envolvidos e observar o resultado... É bem verdade que a edição disponível para assistirmos é diferente daquela idealizada pelo diretor e pelos atores (só para constar, a direção é só do Paul Schrader...), o que gerou um protesto por parte de Cage, Schrader, Yelchin e o produtor executivo Nicolas Winding Refn (leia mais sobre a história aqui). Ainda assim, versão do diretor ou não, o roteiro é um texto que já foi filmado e explorado outras diversas vezes no mundo do cinema e outra mídias.


Com um resultado meio simplório para uma equipe tão interessante reunida, mantenho elogios para DYING OF THE LIGHT. Especialmente pelo sopro de alívio na carreira de Nic Cage, a trama sobre a guerra ao terrorismo (e ter filmes sobre este assunto, no período em que vivemos, não deixa de ser importante para nos levar a uma reflexão, mesmo que mínima) e o bom elenco de apoio (que ainda conta com Alexander Karim – muito bom na pele do terrorista – e a bela, talentosa e meio que sumida Irene Jacob). Só mais um detalhe: é melhor do que o superestimado Sniper Americano, que achei uma porcaria (já adiantando a opinião, caso resolva escrever sobre ele por aqui). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário